quinta-feira, 4 de abril de 2013

Para os adultos, o toque de sensibilidade!


Quem já errou levanta a mão? Quem nunca errou, atire a primeira pedra!? Em um mundo onde os valores morais e éticos passam por transformações, como cobrar da geração de jovens e adolescentes somente o acerto?

Neste texto eu preciso escrever e dizer para todos uma boa nova! Principalmente para os adultos que esqueceram que um dia já foram crianças e adolescentes: Criança e adolescente erra! E tem todo o direito de errar!

Quando falamos do trabalho com crianças e adolescentes, é bom deixar claro que primeiro estamos falando com seres humanos,  e não com número, com pacientes, com usuários, bolsistas, etc.

Trabalhar com o ser humano (independente da sua idade) é antes de qualquer coisa, ter a sensibilidade de que estamos falando de defesa de direitos humanos. E não basta estudar leis, ou saber das leis, é preciso ter, sentir, se permitir ter sensibilidade para tal... ou isso faz parte do projeto de vida da pessoa, ou é preciso se sensibilizar, ou não serve para trabalhar com o outro.

Ao interagir com o ser humano, o profissional que esta na execução dos trabalhos deve manter o afastamento (diferente de negligência) necessário para compreender o outro. Da mesma forma que contemplamos uma TV 3D de 64 polegadas no supermercado ou nas lojas que vende eletrodomésticos, a contemplação do trabalho com o ser humano deve ser a mesma ou até maior!

Contemplar exige do profissional... um toque de sensibilidade... de razão... de buscas de saídas... de verdade... de emoção...

O ser humano precisa errar para aprender.. só andamos porque literalmente caímos... Não é assim quando uma criança engatinha? Não é assim, quando aprendemos a andar de bicicleta?

A criança e o adolescente só quando faz errado pode refletir sobre sua ação! E esse refletir só é possível se houver a interação com o adulto. Somos seres bio sociais. Precisamos do outro para se desenvolver! A criança e o adolescente mais ainda...

O problema central é quando o outro que deveria ajudar não faz. Fecha-se na sua moralidade! Fecha na cegueira da sua ética. Fecha-se para contemplar o fato mais sublime, que é o erro de alguém para mostrar os caminhos certos. Perde a chance de educar...
E o outro nesta história?

Que além de errar.. ora por querer, ora sem querer, o que recebe? Como recebe? Com todo respeito... o que aprende?

Durante séculos e séculos, décadas e décadas e para não ser vanguarda, as gerações passadas foram educadas sem saber sobre seus direitos, tendo que obedecer pelo medo, não tendo acesso a diversas informações (que não significa conhecimento) e sabendo desde já, que as consequências que você fazia de errado, era passível de castigo. No dicionário a palavra castigo significa: Sofrimento, Mortificação

   Com todo o respeito (de novo), mas não podemos fazer com que mais uma geração passe por sofrimentos, ou seja, por castigo.

Para você que ao ler este artigo, aceitando ele ou não, preciso dizer algo que talvez não te falaram... Erraram na forma de educar você, se te castigaram! A metodologia que fizeram com você foi errada. Não duvido do amor que você recebeu! Tenho certeza que existe pessoas que te amam, mas não precisamos agradecer pelo castigo recebido, ou pior.. reproduzi-los em nossas casas, ou pior em nosso trabalho.

Que nossa indignação... não foque no erro que a criança e que o adolescente comete. Para isso ato pedagógico da responsabilização é fundamental. Focamos nossa indignação nas injustiças do passado, na mídia que traz a violência no dia a dia nos lares, na falta de carinho e de amor dos ser humanos, que são estimulados a contemplam os aparelhos eletrônicos e não os outros seres vivos.

Criança e adolescente erram sim e cabe a nós pessoas adultas passar nosso testemunho, nossas reflexões e nossa verdade, a essa geração de adolescentes que precisam de referências próximas, referências verdadeiras e sensibilizadas, contemplando o processo de condição peculiar de desenvolvimento





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